Ano de eleição para o governo de Goiás, 2014 foi, sem dúvidas, o ano das promessas por parte do então Governador Marconi Perillo (PSDB), à época candidato à sua terceira reeleição, o que de fato aconteceu e que lhe garantiu o quarto mandato a frente do executivo goiano. Findo o primeiro ano do quarto mandato do tucano, os goianos se deram conta de que caíram num verdadeiro “conto do vigário” e a situação vivida em 2015 nada tem a ver com os discursos e promessas do então candidato vitorioso.
Mergulhado numa crise sem precedentes, tudo em Goiás parou. Das 170 obras iniciadas no ano passado, ano da eleição, 88 delas estão completamente paralisadas. Algumas delas há mais de 300 dias. O valor orçado dessas obras somam mais de R$ 268 milhões. Dinheiro público sem efetivamente beneficiar o cidadão. São várias obras no interior goiano, como o Centros de Atendimentos Sócio-Educativos em Porangatu e Itaberaí, paralisadas há praticamente um ano.
Ao que tudo indica, tais obras foram iniciadas para angariar votos para o candidato governista, já que foram, depois das eleições, completamente paralisadas. Em Goiás foram iniciadas 30 obras em 2014, das quais 12 estão paradas, como é o caso do Viaduto da GO-080 com a Avenida Perimetral Norte, paralisada desde junho de 2015. Todas essas obras estão sob a administração da Agetop.
São 167 obras paralisadas no Estado. De 311 Obras a cargo da Agetop, 87 estão completamente paralisadas e 114 estão com o prazo de execução vencido e ainda não foram entregues. Os valores já desembolsados somam mais de R$ 2,4 bilhões de reais. Recentemente, o Governo de Goiás anunciou que tomou empréstimo junto ao Banco do Brasil no valor de R$ 370 milhões para dar continuidade as obras paralisadas. Não explicou, no entanto, para onde foram os recursos iniciamente disponibilizados para tais projetos.
Os números são do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.