A última pesquisa Ibope para o Senado em Goiás, divulgada hoje, 6, aponta que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), está fora da disputa por uma das vagas. De acordo com o levantamento, Perillo seria o 4º colocado, com apenas 20% das intenções de voto. Em primeiro aparece o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PP), com 38%, seguido do vereador Jorge Kajuru (PRP), que tem 37%. Em terceiro vem a senadora Lucia Vânia (PSB), com 30%.
A se confirmar os números da pesquisa, encerrar-se-á em Goiás um ciclo político iniciado em 1998 com a eleição para governador do Estado do jovem político de Palmeiras, Marconi Perillo, depois reeleito mais três vezes para o mesmo cargo, além de uma eleição para o Senado, em 2006.
O fim da era Perillo em Goiás é festejada por oposicionistas de todas as matizes. Como legado, Marconi deixa um estado mergulhado em dívidas e capacidade de pagamento comprometida. Os investimentos foram inviabilizados por rombos nas contas públicas, como o da previdência, por exemplo, que ano passado foi de R$ 2,2 bilhões. Além disso, a liquidez imediata do Estado também é negativa, tendo fechado em 2017 com um furo de caixa que chegou a R$ 2,01 bilhão após a inscrição dos restos a pagar.
A derrota chega para o tucano num momento em que Polícia Federal e Ministério Público Federal intensificam as investigações que o apontam como chefe de uma quadrilha criminosa, acusado de receber mais de R$ 12 milhões em propinas da empreiteira Odebrech nos anos de 2010 e 2014.
Segundo informações divulgadas na imprensa goiana e nacional, Marconi Perillo só não teria sido preso na operação Cash Delivery, da Polícia Federal, em virtude da vedação da lei eleitoral, que proíbe a prisão de candidatos nos últimos 15 dias antes das eleições e dois dias após o pleito.
Durante a operação, o braço direito de Perillo, Jayme Rincon, ex-presidente da Agetop, foi preso acusado de ser o operador financeiro do ex-governador. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços do ex-inquilino da Casa Verde.