O ex-governador de Goiás Marconi Perillo foi preso na tarde desta quarta-feira, 10, pela Polícia Federal. A prisão ocorreu enquanto o tucano prestava depoimento no âmbito da investigação deflagrada pela Operação Cash Delivey, que apura o suposto pagamento de propinas de cerca de R$ 12 milhões a Perillo em 2010 e 2014.
Em artigo publicado no último dia 3 de outubro, o Blog já alertava para a possibilidade de prisão de Marconi Perillo.
De acordo com o Ministério Público Federal, Marconi Perillo, por intermédio de Jayme Rincon, presidente licenciado da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), teria recebido ilicitamente recursos para suas campanhas eleitorais ao Governo do Estado de Goiás nos anos de 2010 e 2014, em troca de patrocinar os interesses da Odebrecht no Estado, especificamente os interesses da Odebrecht ambiental na área de saneamento básico. Marconi Perillo teria sido beneficiado com o pagamento de R$ 10 milhões, sendo R$ 2 milhões em 2010 e R$ 8 milhões em 2014.
Em decisão que decretou a prisão preventiva de Jayme Rincon, o juiz da 11ª Vara Federal de Goiás chamou a atenção para a influência demonstrada por aquele apontado como chefe da organização criminosa e cita nominalmente o ex-governador de Goiás como sendo o provável líder do grupo, acusado de favorecer a empresa Odebrecht em Goiás em troca de propinas.
“Some-se a este fato, conforme informação trazida pelo Ministério Público Federal, o poder de influência daquele apontado como o líder da organização e destinatário dos valores das propinas – o ex-Governador Marconi Perillo -, que mantém forte influência no Governo do Estado”, escreveu.