Em mais uma tentativa desesperada de tentar fechar as contas públicas de 2018, o governo de Goiás, em memorando assinado pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Irapuan Costa Júnior, determinou a redução de no mínimo 25% sobre o valor médio de gastos com combustíveis no âmbito de todas unidades administrativas ligadas à segurança pública. A medida atinge polícia militar, polícia civil, bombeiros e administração penitenciária.
De acordo com a circular nº 9/2018, o objetivo do corte nos gastos com combustível é buscar o equilíbrio fiscal e financeiro no fechamento do corrente exercício financeiro. A situação financeira do Estado de Goiás é crítica e as consequências experimentadas em várias áreas prioritárias do Estado não deixam dúvidas de que há uma dificuldade muito grande de se manter a normalidade dos serviços públicos.
No mês de setembro, o maior hospital público de Goiás, o HUGO, foi parcialmente interditado por falta de condições de trabalho e de insumos. A OS que administra a unidade alega que o governo deixou de repassar os recursos necessários para a gestão do hospital e que a dívida seria de mais de R$ 40 milhões. Outras 17 unidades de saúde do Estado também enfrentam atrasos no pagamento e algumas já tem o atendimento da população prejudicado.
De acordo com auditoria do Tribunal de Contas do Estado, ao final de 2017 o déficit de caixa do Estado de Goiás já era de R$ 2,05 bilhões. A situação teria, no curso de 2018, piorado e é possível que esse rombo chegue a mais de R$ 3 bilhões ao final do ano. O governo já enfrenta dificuldades para pagar o salários dos servidores e não se sabe se haverá recursos para a folha de outubro.