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Política

Promotor enxerga manobra de José Eliton em indicação para a AGR e pede providências

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Em despacho proferido nos autos extrajudiciais nº 201800552245, o promotor de Justiça Fernando Krebs, titular da 57ª Promotoria de Defesa do Patrimônio, do Ministério Público de Goiás, aponta suposta ingerência política para antecipar a sucessão no comando da Agência Goiana de Regulação (AGR).

De acordo com o promotor, a renúncia do presidente da Agência, Ridoval Chiareloto, ocorrida no último dia 27 de novembro, embora seja um ato individual e isolado, pode representar, na verdade, uma manobra política voltada à escolha de novo conselheiro e, consequentemente, de novo presidente da agência de regulação, que seria indicado por um governo que está a um mês de encerrar o mandato.

Segundo Fernando Krebs, as suspeitas de ingerência política ficam claras quando notícias divulgada pelo jornal O Popular, de 27/11, dão conta de que “nos bastidores, a informação é de que o governador José Eliton (PSDB) nomeará seu ex-chefe de gabinete e atual presidente da Agência Brasil Central (ABC), Charlle Antônio Gomes, para o Conselho Regulador e que articula colocá-lo na presidência”.

A informação do jornal encontra verossimilhança quando se confirma que, desde o dia 29/11, encontra-se em andamento na Assembleia Legislativa processo legislativo por meio do qual o governador de Goiás, José Eliton, indica o nome de Charlle Antônio para o cargo de Conselheiro do Conselho Regulador da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização dos Serviços Públicos, para um mandato de quatro anos.

Por se tratar de suposto ato ilícito praticado por autoridade com foro privilegiado, o promotor determinou a remessa dos autos para o Procurador-Geral de Justiça para conhecimento dos fatos e providências que julgar cabíveis.

 

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