O Deputado Federal Delegado Waldir Soares (PSDB), eleito com mais de 270 mil votos em Goiás, 170 mil só em Goiânia, trava uma luta dentro do seu partido para ser o candidato ao Paço em 2016. Preterido por Marconi Perillo, a quem já chamou de “dono do PSDB goiano”, Waldir Soares costura com lideranças a sua indicação. Já admitiu, entretanto, que pode deixar o ninho tucano se o PSDB insistir com um “candidato de laboratório”, se referindo a Jaime Rincon, presidente da Agetop.
“Meu nome está a disposição e não fujo à luta. Quero jogo limpo e nada de indicações. Temos que visar 2018 conquistando a Prefeitura de Goiânia em 2016. Com regras claras serei candidato a Prefeitura”, disse o deputado em entrevista ao Jornal Diário da Manhã de hoje.
O que Waldir não contava, certamente, era com a deflagração da Operação Compadrio pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, que começa a desbaratar uma quadrilha que atuava dentro da Agência Goiana de Transportes e Obras – Agetop e que atinge em cheio o seu concorrente direto pela vaga de candidato pelo PSDB à Prefeitura de Goiânia, Jaime Rincon.
A prisão do Diretor de Obras Rodoviárias da Agetop, uma das áreas mais importantes do órgão, José Marcos Musse, arrasta, indelevelmente, Jaime Rincon para dentro do imbróglio e o afasta, mesmo que temporariamente, de qualquer possibilidade de continuar pavimentando sua pré-candidatura. É certo que Jaime Rincon terá que sair de cena se não quiser assumir um desgaste que encerrará sua carreira política mesmo antes de começar.
O Agetopão, como já é chamado o esquema, tira Rincon do páreo e abre caminho para que o PSDB assuma Waldir Soares como pré-candidato a disputa pelo Paço em 2016.