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Política

Sem o PL de Magda Mofatto, PSDB de Marconi Perillo pode ser o destino de Gustavo Mendanha em Goiás

De acordo com os bastidores da política, o prefeito de Aparecida de Goiânia dificilmente conseguiria espaço para lançar sua candidatura ao governo de Goiás pelo novo partido de Jair Bolsonaro, já que uma das exigências de Bolsonaro feita ao presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto, é de que as candidaturas nos estados tenham compromisso unicamente com a direita e priorizem sua campanha à reeleição, o que não seria o caso de Gustavo Mendanha

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Com a quase filiação de Jair Bolsonaro ao PL do deputado Valdemar da Costa Neto, e sendo respeitadas as condições impostas pelo presidente da República, é quase certa que a ida do ex-medebista Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia, para o partido comandado em Goiás por Flávio Canedo e Magda Mofatto não se efetive como anunciado pela deputada.

A dificuldade da filiação de Mendanha ao PL reside, principalmente, no fato de que Bolsonaro teria acertado com a direção nacional do partido, como condição para sua filiação aos quadros da legenda, a fidelidade ao seu projeto de reeleição nas coligações estaduais.

Por esse detalhe, dificilmente Gustavo Mendanha terá espaço no PL para lançar uma possível candidatura ao governo de Goiás, já que o ex-emedebista não é visto com simpatia suficiente a Bolsonaro para ser chamado de seu candidato em Goiás.

Nesse ponto, outros bolsonaristas mais fiéis teriam a primazia de uma provável candidatura majoritária, como é o caso do próprio deputado Major Vitor Hugo, hoje no PSL, mas que já adiantou que vai acompanhar o presidente na nova sigla.

Sem o PL, a avaliação é que a relação de Gustavo Mendanha e o PSDB do ex-governador Marconi Perillo se estreite ainda mais, ao ponto, inclusive, de resultar em filiação. Analistas e políticos, no entanto, avaliam que o PSDB seria um ‘fardo’ muito pesado para Mendanha carregar, sobretudo pelo desgaste do partido e seu principal expoente em Goiás, em virtude, principalmente, da má situação fiscal e financeira que o partido entregou o Estado na sua última gestão.

Filiado ao PSDB, Mendanha perderia a condição de assumir como retórica de campanha o discurso de renovação, já que estaria sustentando a bandeira do suposto retrocesso que representaria a volta de Perillo e aliados ao comando do Estado. Uma coisa, dizem, seria sustentar o discurso de que apoio não se recusa, numa eventual composição com os tucanos, desde que filiado a outro partido, outra coisa, é se apresentar como candidato de Marconi Perillo e seu PSDB fazendo parte da mesma sigla partidária.

Além de tudo, não se pode esquecer que o PSDB é o adversário histórico do MDB em Goiás, exatamente o partido que projetou Mendanha como político e que lhe deu dois mandatos de prefeito de Aparecida de Goiânia.

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