A sete dias do fim da janela partidária e a oito dias do prazo de desincompatibilização para aqueles que ocupam cargos no executivo e que pretendam concorrer nas eleições de outubro próximo, a oposição ao governador Ronaldo Caiado (UB) segue indefinida e sem dar sinais de que será capaz de construir uma estrutura consistente do ponto de vista eleitoral para enfrentar o até então favorito à reeleição para governador do Estado.
Enquanto o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), e o deputado federal Major Vitor Hugo brigam pela vaga de pré-candidato do PL de Magda Mofatto e Flávio Canedo, e Marconi Perillo (PSDB) diz que só vai se decidir em junho ou julho próximos, Ronaldo Caiado caminha anunciando apoios de grande peso político e auxiliando os partidos da base na formação de chapas proporcionais, operação que tem sido o gargalo para a maioria das siglas, em virtude, sobretudo, do fim das coligações para as eleições ao legislativo.
Mendanha ainda espera que as lideranças locais do PL possam garanti-lo como candidato do presidente Jair Bolsonaro em Goiás, mas Vitor Hugo, amigo da cozinha do presidente, já se comporta como o pré-candidato de Bolsonaro no Estado. Esse embate tem preocupado os aliados do prefeito de Aparecida de Goiânia, que entendem que, fracassada a sua ida para o PL, vai ficando mais difícil para Mendanha emplacar um discurso programático e se afastar do pragmatismo que tem marcado, até agora, sua incursão pela oposição goiana.
Situação diferente vive Ronaldo Caiado, que na última terça-feira (22/03) recebeu o apoio do ex-tucano Jânio Darrot (Patriota) e do prefeito de Trindade, Marden Jr, também do Patriota, justamente o partido com o qual Gustavo Mendanha conta em último caso. O Podemos, outra legenda que era opção do ex-emedebista, deve anunciar nos próximos dias apoio ao projeto de reeleição de Caiado, fato que, uma vez concretizado, reduz ainda mais a estrutura partidária da oposição em Goiás.