Servidores públicos do executivo goiano, revoltados com o calote na data-base, cujo pagamento deveria ter sido feito em maio, ficaram ainda mais indignados com o Governo Estadual ao se depararem com a notícia de que Marconi Perillo teria autorizado a votação do projeto da data-base para os servidores do judiciário, do legislativo e Ministério Público. Não porque são contra a reposição para os colegas, mas porque foram preteridos por Marconi Perillo.
Segundo a nota publicada na coluna Giro, do Jornal O Popular, assinada pelo jornalista Jarbas Rodrigues, o “governo deu sinal verde para a votação dos projetos da data-base dos servidores do Tribunal de Justiça, do Ministério Público Estadual e da Assembleia”, depois que o líder do Governo, José Vitti (PSDB), se encontrou em audiência com o governador Marconi Perillo (PSDB).
“O Judiciário enviou, em abril, proposta para a concessão de reajuste salarial de 7% para os servidores efetivos e de 3,5% para ocupantes de cargos comissionados e função de confiança, retroativo a janeiro deste ano. Também aguarda tramitação na Assembleia, desde abril, o projeto da data-base dos servidores do MP, que prevê reposição salarial de 6,2%. Para os servidores da Assembleia o aumento pode ficar na casa de 8%”, informa a notícia.
Os demais funcionários do Estado, entretanto, vão amargar o calote oficial do Governo de Goiás, que alega não ter condições financeiras de pagar a reposição dos servidores do executivo. A data-base é um direito de todas as categorias de servidores e consiste na reposição das perdas salarias decorrentes da inflação do período.