O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contou nesta sexta-feira, em palestra na Fundação FHC, as histórias relatadas nas visitas aos presos por envolvimentos nos atos de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, que demonstram a “grave alienação” de alguns. Entre os casos está o de uma pessoa que afirmou ter sido encontrada embaixo da cadeira do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por um “pedido de Deus”.
“Eu fui no presídio com a ministra Rosa (Weber). Há várias pessoas alienadas, que acham que não fizeram nada, que era liberdade de manifestação. Uma delas chegou a dizer que estava passando por perto, viu (o ato de depredação) e aí ela ia orar e Deus disse para ela se refugiar embaixo da mesa do presidente do Senado. Só por causa disso ela entrou. É um negócio assustador”, afirmou o ministro.
Inquérito das fake news
Durante a palestra, Alexandre de Moraes elogiou a abertura do inquérito das fake news, que diz ter sido um “acerto histórico” do ministro Dias Toffoli, então presidente do STF.
“Se não houvesse esse inquérito, as agressões (contra o Judiciário) teriam aumentado de forma exponencial até uma ruptura”, declarou Moraes, que diz não ter pedido pela relatoria do caso.
O inquérito foi “necessário”, argumenta o ministro, visto que o STF não teve uma resposta da Polícia Federal. Segundo ele, a PF colocou na gaveta mais de 30 ofícios enviados pelo então presidente da Corte.
“Como você faz neste momento? Ou você interpreta finalisticamente ou entrega a chave do STF”, explicou.
Com infomrações do Jornal O Globo