O senador Vanderlan Cardoso assumiu, nesta quinta-feira (01/06), a presidência estadual do PSD, partido que tem como presidente nacional o ex-prefeito de São Paulo e Ministro do governo Temer, Gilberto Kassab. Cardoso substituiu Vilmar Rocha, que deixa a direção estadual da legenda após 12 anos. O ex-deputado federal, inclusive, é um dos fundadores do PSD, e, até então, mantinha o partido na base do governador Ronaldo Caiado (UB).
Coincidência ou não, um dia depois de Vanderlan assumir a presidência do PSD, a legenda já tem a primeira baixa. O prefeito de Senador Canedo, afilhado político do senador, Fernando Pellozo, anunciou que está deixando o partido para se filiar ao União Brasil, sigla do governador Ronaldo Caiado, de quem Pelozzo se aproximou muito nos dois últimos anos, tendo, inclusive, apoiado Caiado na sua reeleição no ano passado.
Vanderlan Cardoso e Ronaldo Caiado se distanciaram desde a campanha do ano passado, quando Vanderlan optou por apoiar o candidato de Jair Bolsonaro em Goiás, Major Vitor Hugo (PL), em detrimento de Ronaldo Caiado, que tinha o apoiado nas eleições para prefeito de Goiânia em 2020. Naquela eleição, o senador foi derrotado por Maguito Vilela (MDB) por uma diferença de pouco mais de 5% dos votos válidos.
Integrando a base do governador, o PSD está representado no governo de Caiado pelo ex-deputado Francisco Júnior, que assume, nesta sexta-feira (02/06), a presidência da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Goiás (Codego). A ascensão de Vanderlan Cardoso à direção do partido não deve mudar a condição de aliado do PSD mas, segundo governistas, o comportamento que o novo presidente da legenda deve adotar continua sendo uma incógnita, sobretudo pela instabilidade política de Vanderlan, dizem.