Da tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás, o Deputado José Nelto (PMDB) proferiu duro discurso para criticar a resistência de Jayme Rincón, atual presidente da Agência de Transportes e Obras Públicas – Agetop, em ir até à Casa dar explicações acerca da Operação Compadrio, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Goiás e que investiga um grandioso esquema de corrupção no âmbito na Agência e outros órgãos públicos.
A investigação foi iniciada em 2013 e apura a prática de crimes contra a administração pública, realizados por uma organização criminosa instalada em órgãos públicos do Estado de Goiás, especialmente na Agetop, que supostamente valeu-se de funcionários fantasmas e empresas laranjas para instrumentalizar desvios de dinheiro público. Investiga-se, ainda, práticas criminosas consistentes no favorecimento em licitações públicas, lavagem de dinheiro e retirada fraudulenta de restrições bancárias, cartorárias e no cadastro de proteção ao crédito, todos eles contando com a colaboração e participação de funcionários públicos. Na primeira fase da operação o Diretor de Obras Rodoviárias da Agetop, uma das mais importantes do órgão, José Marcos Musse, foi preso temporariamente.
“Se ele não deve, se não tem culpa, por que ele (Rincon) corre do debate nessa casa?”, pergunta o peemedebista que alega que Rincon se recusa a fornecer os documentos pedidos pelos deputados. Nelto chegou, inclusive, a pedir ao Ministério Público o afastamento de Jayme Rincón da presidência da Agetop, para não atrapalhar as investigações.
José Nelto chama a atenção para o fato do Governador Marconi Perillo avalizar a pré-candidatura de um cidadão que não pode sequer sair às ruas: “não pode vir a essa Casa debater com os deputados, é porque essa candidatura é frágil, é de mentira”, disse.