Em entrevista ao programa Conexão, da rede Record News, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, deixou claro que seu objetivo, sem nenhuma margem para dúvidas, é se lançar à disputa pela Presidência da República no pleito de 2026. De acordo com Caiado, ele já teria a anuência e o apoio do União Brasil nacional para se apresentar como pré-candidato na corrida pelo Planalto nas próximas eleições gerais.
Na condição de governador mais bem avaliado do Brasil, com apoio de mais de 80% da população goiana, chefe do Executivo de um estado que lidera o ranking da educação brasileira – Goiás é primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – e que é a unidade da federação onde mais se reduziu a violência no país, Ronaldo Caiado diz que é chegada a hora, depois de quase 40 anos na vida pública, colecionando cinco mandatos de deputado federal, um de senador e duas vezes governador, de ter a coragem e a dignidade de se apresentar à população brasileira na disputa pela cadeira de presidente da República.
“Com toda firmeza, devo dizer que é um objetivo que tenho na vida neste momento, que é disputar a Presidência da República. Com todo meu histórico na política, com cinco mandatos de deputado, um de senador, no segundo mandato como governador, eu tenho aí o apoio do meu partido (União Brasil) para que eu coloque meu nome como pré-candidato. Eu tenho andado o Brasil, eu tenho discutido a educação, a segurança pública, que são matérias que temos propriedade para discutir”, frisou.
Caiado voltou a dizer que o seu projeto presidencial não é um desejo pessoal, algo que nasceu do puro achismo de que ele poderia concorrer, mas, sobretudo, da experiência que ele acumula ao longo da sua carreira política. De acordo com o governador goiano, tudo tem sido feito com muita razoabilidade e está respaldado na sua credibilidade administrativa e moral e também na sua autonomia e independência política/moral que são elementos que sempre pautaram a sua vida.
“Nada disso, dessa minha pretensão, tem sido feito na base do achismo. Pelo contrário. Eu tenho me apresentado, tenho dito como se faz política com dignidade, com altivez, com credibilidade moral, com independência moral para governar. Eu acumulei aquilo, que numa vida pública, me permitiu transitar em todos esses níveis da política nacional e nunca desrespeitei o voto de um eleitor, nunca me vi envolvido em bandalheira, em negociata. Então, eu me coloco sim como pré-candidato a presidente da República em 2026”, afirmou.
Ronaldo Caiado elencou também que o grande desafio do Brasil é ter um governante que saiba exercer a função da presidência, que tenha noção da liturgia do cargo, que tenha noção da importância e da dimensão do cargo. Caiado reforçou, ainda, que o exemplo de Goiás reflete bem a certeza de que o respeito ao dinheiro público e o compromisso do gestor com as demandas da sua população é um modelo que, se aplicado no Brasil, tem tudo para dar certo, e garantiu, mais uma vez, que seu nome é o nome do União Brasil para 2026.
“Por tudo que fizemos na educação, na segurança pública, na erradicação da pobreza e na área social posso dizer que meu nome, sim, está colocado pelo partido, vou debater o Brasil, vou levar as experiências que eu acumulo, sobretudo aquelas que acumulei enquanto parlamentar e também com a experiência de sucesso de dois mandatos de executivo e de ter levado Goiás a esse patamar. Então meu nome será levado pelo partido e faremos um grande debate nacional e aí a população vai decidir em 2026”, pontuou.
Nome forte
Em outras entrevistas, Ronaldo Caiado já havia reforçado que o União Brasil, na condição de terceiro maior partido do país, com uma bancada de 61 deputados federais e 14 senadores, terá candidato próprio nas próximas eleições gerais, e que seu nome estaria à disposição na convenção nacional da legenda no momento oportuno.
“Eu entendo que o terceiro maior partido do país, se não estiver pretendendo disputar eleição majoritária não é partido. Só enxergo um partido, com essa dimensão, se nós, realmente, tivermos também um projeto de poder. Não existe partido que não tenha essa disputa. Quem não disputa não tem torcida. Então, como que um partido, do tamanho do União Brasil, não vai se preparar para as convenções de 2026? E eu jamais me omiti em dizer que vou trabalhar para poder, tendo a confiança do partido, construindo alianças partidárias, disputar a eleição”, explicou o governador em entrevista ao Correio Braziliense.
Caiado rechaça a ideia de que, num primeiro turno, vá haver a união de todos os partidos de direita que integram o espectro político brasileiro na disputa pelo Planalto em 2026. Para o governador goiano, é natural que outros partidos que defendem pautas mais caras à direita também lancem seus candidatos, e citou exemplos de legendas que têm quadros para pleitear a disputa, como o PL, de Valdemar Costa Neto, e o PP do presidente da Câmara Arthur Lira, além do PSD e Republicanos. “Não é possível aglutinar todas as forças em uma única candidatura. É um universo compartilhado com outros partidos”, avalia.