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Política

Caiado critica duramente proposta de Fred Rodrigues de acabar com o subsídio da tarifa do transporte público

Principal liderança política que trabalhou para a manutenção da tarifa congelada a R$ 4,30 desde 2019, o governador avalia que tirar o subsídio da passagem é um golpe contra o trabalhador e a camada mais pobre da população goianiense.

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Ronaldo Caiado conclama a população a votar com responsabilidade para evitar retrocessos que podem afetar a vida da população goianiense

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) criticou fortemente a proposta de Fred Rodrigues (PL), candidato à Prefeitura de Goiânia, que sugere o fim do subsídio que mantém a tarifa do transporte público congelada na capital. Segundo Caiado, a ausência desse apoio financeiro faria com que o valor da passagem saltasse para R$ 10,30. “Ele (Fred) pretende acabar com o subsídio? Sem ele, a tarifa vai a R$ 10,30. Essa é a proposta?”, indagou Caiado em uma coletiva de imprensa realizada neste sábado (5).

Fred Rodrigues havia mencionado o assunto no debate promovido pela TV Anhanguera na última quinta-feira (3). Durante o evento, o candidato do PL chamou a manutenção do subsídio de “irresponsabilidade” e argumentou que não é viável reduzir ou manter a tarifa congelada. “O subsídio é apenas o dinheiro que o Estado retira de você por meio de impostos”, criticou Fred.

Segundo dados apresentados por Rodrigues, a Prefeitura de Goiânia investe cerca de R$ 163 milhões anualmente, de um total de R$ 473 milhões necessários, para manter a tarifa do transporte público em R$ 4,30. Sem essa contribuição, os usuários teriam que pagar mais de R$ 10 pela chamada “tarifa técnica”, que reflete o custo real do serviço prestado pelas empresas de transporte.

O subsídio foi criado em 2019 como uma iniciativa conjunta de Caiado com as prefeituras de Goiânia, Aparecida e Senador Canedo, visando evitar aumentos exorbitantes nas tarifas do transporte coletivo. Os custos são divididos entre o governo estadual e a Prefeitura de Goiânia, que arcam com 41% cada, enquanto as demais prefeituras da região metropolitana complementam o restante.

Caiado enfatiza que essa política é fundamental para garantir a acessibilidade ao transporte público e a viabilidade do sistema na Grande Goiânia. “Se ele deseja cortar o subsídio, a tarifa vai para R$ 10,30. E quem vai usar o ônibus? Todo mundo terá que ir a pé em Goiânia”, ironizou o governador.

Nos últimos seis anos, a política de congelamento de tarifas beneficiou milhares de trabalhadores e estudantes. Além de manter os preços estáveis, a parceria entre o Estado e os municípios tem promovido a modernização do sistema, com a aquisição de novos ônibus, reformas em terminais e pontos de parada, além da substituição de abrigos para passageiros.

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