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Política

Em busca de holofotes, Marconi tenta responsabilizar governo estadual pela crise na saúde municipal de Goiânia

Ex-governador, derrotado duas vezes consecutivas na disputa por uma cadeira no Senado Federal, postou vídeo desconexo tentando imputar a Ronaldo Caiado a crise enfrentada pela pasta da Saúde de Goiânia. MP-GO prendeu o secretário e outros dois auxiliares do Paço por malversação dos recursos públicos

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Sem agenda política e apagado no cenário político regional e nacional, Marconi Perillo (PSDB) aproveita crise na saúde municipal de Goiânia para atacar gestão de Caiado

Sem agenda política e amargando o definhar do seu partido a nível nacional e estadual, o ex-governador Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, postou um vídeo nas suas redes sociais, onde, de forma desconexa, tenta arrastar a gestão estadual para dentro da crise enfrentada pela saúde municipal de Goiânia. Por falta de repasses, a rede conveniada de hospitais que presta serviços à Prefeitura de Goiânia interrompeu o atendimento na capital, acarretando no colapso da oferta de leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) para pacientes de Goiânia.

Investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) chegou a prender o secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, e outros dois auxiliares da pasta. O MP-GO acusa os servidores de montarem uma organização criminosa, cujo objetivo era desviar recursos destinados à saúde para seus próprios interesses. Segundo o MP-GO, a dívida com hospitais conveniados e com a Fundach, organização social que administra as maternidades públicas municipais, chega a R$ 300 milhões.

Misturando alhos com bugalhos, Marconi Perillo briga com a realidade e tenta responsabilizar o governo de Ronaldo Caiado pela crise sem precedentes que assola a capital, e cuja responsabilidade administrativa é exclusivamente da prefeitura de Goiânia, hoje sob a gestão de Rogério Cruz (Solidariedade).

Ao contrário do que diz o tucano, que fala em omissão do governo estadual, o fato é que, a pedido do governador Ronaldo Caiado (UB), foi instalado um comitê de crise para acompanhar, diariamente, a situação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Goiânia. O prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), após reunião com o secretário de Saúde de Goiás, Rasível dos Reis, anunciou a abertura emergencial de novos leitos de UTI para a capital. Segundo Mabel, inicialmente serão 20 leitos nos próximos 10 dias, com a possibilidade de chegar a 40 leitos no curto prazo.

O secretário adjunto da Saúde Estadual, Sérgio Vêncio, anunciou hoje que o governo de Ronaldo Caiado abrirá, em 10 dias, 40 novos leitos de UTI no Hospital Estadual de Águas Lindas. Serão 20 destinadas a adultos, 10 pediátricas e 10 neonatais. A expectativa é a de que o aumento da oferta no Entorno de Brasília ajude a reduzir a demanda na capital. A informação foi dada à Coluna Giro, do jornal O Popular.

Regionalização da Saúde

Quando Marconi Perillo deixou o governo, em 2018, depois de quatro mandatos à frente do executivo estadual, Goiás tinha apenas 254 leitos de UTI, concentrados em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Foi durante o terceiro mandato de Perillo (2011-2014) que os hospitais públicos estaduais “fecharam” as portas para a população. A recusa em receber pacientes não regulados, à época, sem um plano de contingência, causou uma grave crise na saúde municipal de Goiânia, que não estava preparada para absorver toda demanda oriunda dos hospitais estaduais de urgência.

Ao assumir o governo, em 2019, Ronaldo Caiado mudou a realidade da saúde pública estadual em Goiás. Desde então, o governo mais que quadruplicou o número de UTIs em todo o Estado. O número de leitos saiu de 254 para cerca de mil, espalhados por ao menos 21 municípios nas diversas regiões do Estado.

Caiado também entregou seis policlínicas nos municípios de Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Goiás e Formosa. Essas unidades têm capacidade para realizar, em média, até 6 mil consultas e 15 mil exames diagnósticos e procedimentos multidisciplinares mensais cada. As policlínicas também ancoram na região em que estão sediadas as Carretas da Prevenção, equipadas com toda estrutura para realizar mamografias e exames de colo útero, num programa itinerante de Saúde da Mulher.

Noutra ação estratégica, o Governo de Goiás incorporou à Rede Hospitalar do Estado sete hospitais de alta complexidade. Quatro unidades –em Jataí, São Luís de Montes Belos, Formosa e Luziânia, foram estadualizadas. Outros quatro novos hospitais foram entregues: Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano, em Uruaçu, Hospital Estadual da Mulher (Hemu), Hospital Regional de Águas Lindas e Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). Em 2018, a saúde pública tinha 1.635 leitos de internação, somando UTI e enfermaria. Hoje são cerca de quatro mil leitos de internação, sendo cerca de mil leitos de UTI e outros três mil de enfermaria.

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