O Senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Partido Progressista, que esteve ontem em Goiânia no evento de filiação do senador Wilder Morais ao PP, é acusado pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, um dos delatores da Operação Lava Jato, de ter recebido R$ 1,5 milhão do esquema em três parcelas até março do ano passado, quando foi deflagrada a operação, que apura desvios na Petrobrás.
O delator disse ainda que depois disso ele ainda pagou mais R$ 475 mil ao senador por meio de contratos fictícios firmados com um escritório de advocacia. Pessoa disse que ainda repassaria mais R$ 256 mil ao parlamentar, mas acabou sendo preso na sétima fase da Lava Jato, em novembro do ano passado.
No último dia 20 de agosto Nogueira foi denunciado pelo Procurador Geral da República, juntamente com o também senador Fernando Collor (PTB), por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás investigado pela Operação Lava Jato. Nas denúncias, o procurador-geral pede a condenação dos dois sob a acusação de terem cometidos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a Procuradoria, eles receberam propina de contratos firmados entre a Petrobras e fornecedores da estatal.
Não obstante, Ciro Nogueira, dando de ombros para as graves acusações que pesam contra ele, disse que tem um sonho: ver Marconi Perillo, Governador de Goiás, presidente do Brasil. “Meu maior sonho é tê-lo como candidato pelo nosso partido”, discursou o senador acusado de receber propinas do Petrolão.
Em se considerando a vida pregressa do cabo eleitoral e o seu obscuro futuro político, podemos afirmar que o sucesso de uma candidatura de Perillo à presidência pelo PP é abaixo de zero.