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Política

Associação de delegados da PF repudia acusações de Marconi de ingerência política em operação

Ex-governador de Goiás alegou que ação da foi uma “armação odienta”; Delegados reafirmam imparcialidade nas investigações

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Superintendente da PF em Goiás foi atacada nas redes, depois da deflagração da Operação Panaceia, realizada no último dia 6 de fevereiro, em Goiânia

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) emitiu uma nota oficial repudiando as acusações de ingerência política envolvendo a superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, na operação Panaceia que mirou o presidente nacional do PSDB, e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, na última quinta-feira (6).

A ADPF reforçou que os delegados possuem total autonomia para conduzir investigações com imparcialidade, conforme previsto na Constituição. “Os delegados e delegadas de Polícia Federal que presidem inquéritos policiais atrelados a operações têm autonomia para instruir, com imparcialidade, os procedimentos investigativos”, diz a entidade.

A acusação de interferência política foi levantada por Perillo, que divulgou vídeos e uma nota em suas redes sociais afirmando que a operação foi “encomendada” e se tratava de uma “armação odienta”. O ex-governador também questionou a legitimidade da investigação, destacando que os fatos apurados, relacionados a supostos desvios na saúde, ocorreram há mais de sete anos.

Na nota, a ADPF afirma que “infelizmente, tornou-se lugar-comum alegar que operações policiais, que são conduzidas pela Polícia Federal com estrita observância da Constituição Federal e da legislação, com ciência do Ministério Público Federal e supervisão do Poder Judiciário, são atos de perseguição política”.

A operação Panaceia foi deflagrada após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinar, em 7 de janeiro de 2025, a conclusão das investigações envolvendo o ex-governador Marconi Perillo. A decisão coincidiu com o início de uma série de ataques públicos de Perillo ao governo de Goiás, no qual acusou o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) de supostamente orquestrar uma perseguição política contra ele.

No Palácio das Esmeraldas, o movimento de Marconi foi interpretado como uma tentativa de criar uma narrativa para justificar a operação, uma vez que sua defesa já tinha pleno conhecimento do andamento das investigações.

A investigação

O foco da operação está em contratos suspeitos entre a Organização Social Instituto Gerir, que geriu hospitais estaduais de Goiás entre 2012 e 2018, e o escritório de João Paulo Brzezinski, que também atuava como advogado pessoal de Perillo. O inquérito aponta que o escritório foi favorecido, recebendo R$ 4,79 milhões de uma das OSs investigadas. Além disso, um grupo de empresas ligadas ao advogado teria recebido R$ 7,42 milhões de outras nove organizações sociais entre 2012 e 2018.

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