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Política

Bolsonaro consentiu com plano para matar Lula envenenado, diz PGR

Para a Procuradoria Geral da República, a organização criminosa que tentou o golpe de Estado no Brasil, que seria liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, praticou uma série de atos dolosos ordenadas à abolição do Estado Democrático de Direito e à deposição do governo legitimamente eleito, e teria iniciado suas ações, de forma progressiva e coordenada, em julho de 2021, se estendendo até 8 de janeiro de 2023.

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Bolsonaro e mais 33 pessoas foram denunciadas ao STF por tentativa de golpe de estado e outros quatro crimes. Penas podem chegar a 43 anos de prisão

A robusta denúncia apresentada pela Procuadoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas aponta, subsidiada por um farto conjunto probatório, que o ex-presidente liderou uma “aterradora operação de golpe”, em que se admitia até mesmo a morte do presidente e vice da República eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, bem como o assassinato do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Segundo a peça enviada ao STF na noite da última terça-feira (18), assinada pelo procurador-geral, Paulo Gonet, os membros da organização criminosa, que segundo o PGR era liderada por Jair Bolsonaro, estruturam, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas a romper com o sistema de funcionamento dos poderes e da ordem democrática.

Na denúncia, Gonet afirma que uma das operações engendradas pelos golpistas, que foi denominada de “Punhal Verde Amarelo”, previa executar o ministro Alexandre de Moraes com o uso de armas bélicas e a morte de Lula por envenenamento. Ainda de acordo com Paulo Gonet, toda essa trama sinistra e violenta foi levada ao conhecimento de Bolsonaro, que consentiu com tais absurdos.

A peça da PGR, fundamentada em 270 páginas, acusa os indiciados por cinco crimes: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas podem chegar a 43 anos de prisão.

8 de janeiro tinha objetivo de forçar intervenção das FFAA

Na denúncia, Paulo Gonet afirma que a invasão dos prédios dos Três Poderes, no 8 de janeiro de 2023, teria sido o ato final da tentativa de golpe, voltado à deposição do governo eleito e à abolição das estruturas democráticas. Para o PGR, Bolsonaro e os demais denunciados programaram essa ação social violenta com o objetivo de forçar a intervenção das Forças Armadas e justificar um estado de exceção.

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