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Política

Partidos de centro-direita pregam mudanças, mas hesitam em assumir posição

O discurso de lideranças do União Brasil e Progressistas, durante evento de oficialização da federação União Progressista, foi marcado pela retórica de que é preciso mudar o Brasil. Entretanto, os líderes partidários resistem em assumir a candidatura de Ronaldo Caiado a presidente da República. Para o governador goiano, o bloco tem a obrigação moral de lançar candidato próprio ao Planalto em 2026

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Ronaldo Caiado discursou no evento que oficializou a federação entre União Brasil e Progressistas e ratificou sua condição de pré-candidato a presidente da República.

Formada por União Brasil e Progressistas, a federação União Progressista nasceu como a maior força política institucional do país. Com 109 deputados federais, 14 senadores e mais de 1,3 mil prefeitos espalhados pelo Brasil, trata-se de um bloco com capilaridade e peso suficiente para influenciar decisivamente os rumos da sucessão presidencial.

Ainda assim, quando se trata da eleição de 2026, a federação hesita em afirmar um caminho próprio, preferindo adotar uma postura ambígua que revela mais dúvidas do que estratégia. No início de abril, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), lançou oficialmente sua pré-candidatura à Presidência da República.

No recente evento de oficialização da federação União Brasil/PP, ladeado por duas das principais lideranças da federação — Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (Progressistas) —, Caiado discursou como presidenciável e defendeu que uma aliança do porte da União Progressista tem o “compromisso moral” de apresentar um nome competitivo ao Planalto, e se colocou à disposição para o desafio.

No entanto, a ausência de uma declaração firme de apoio por parte de Rueda e Ciro escancara outras motivações políticas. De um lado, parte significativa do centrão segue orbitando Jair Bolsonaro, que mesmo inelegível insiste em se colocar como presidenciável e segura aliados à espera de um desfecho judicial improvável.

De outro lado, cresce nos bastidores a avaliação de que, caso o presidente Lula chegue competitivo em 2026, setores da federação não descartam apoiá-lo — ainda que hoje falem como oposição.

Caiado acredita em distanciamento do governo Lula

Embora integrantes da União Progressista ainda façam parte do governo Lula e algumas lideranças se mostrem simpáticos ao petista, o governador Ronaldo Caiado (UB), pré-candidato a presidente da República, disse que a criação do bloco mudou o cenário político nacional. Segundo o goiano, em curto espaço de tempo, o UP vai se desligar definitivamente do governo Lula.

“Saímos à frente e com o tempo necessário para consolidar a campanha à Presidência”, avalia Ronaldo Caiado.

Governador diz que bloco tem que ter candidato a presidente

A jornalistas que acompanharam o lançamento da federação União Progressista, na Câmara dos Deputados, em Brasília, Ronaldo Caiado reforçou a responsabilidade do maior bloco do Congresso de lançar candidato a presidente da República em 2026.

“Como é que você é o maior partido e você não tem candidatura? Qual é a finalidade do partido? Quando você constrói um partido desse tamanho, você quer eleger governador, senador, deputado federal e presidente da República. É o objetivo”.

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