A queda no número de homicídios em Goiás em maio, divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás, infelizmente, não pode ser comemorada pela população. A notícia, do ponto de vista prático, ameniza a tensão vivida pelo goianiense, mas, subliminarmente, leva-nos a uma conclusão perigosa: Goiás está à deriva no campo da segurança pública.
Segundo a SSP-GO, o número de homicídios registrados em Goiânia no mês de maio foi 14% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado e 28% menor se comparado a abril de 2015. Não deixa de ser uma boa notícia.
Preocupa-nos, entretanto, o fato de que isso ocorre por acaso. Não há um projeto de governo pronto e em execução. Há tão somente o esforço hercúleo da Polícia Militar que, com um efetivo muito aquém do necessário, tem se desdobrado para dar segurança aos cidadãos goianos e goianienses. Não há investimentos e falta, inclusive, interesse do governo estadual de resolver os problemas.
O Governo de Perillo, mesmo tocado à reboque do judiciário, insiste em não cumprir as decisões judiciais em favor do povo. Prova disso são a negativa em dar cumprimento a decisão judicial que mandou o governo convocar, imediatamente, os aprovados no concurso da PM e a notícia de que o MP/GO e Defensoria Pública pediram intervenção federal no Estado por conta da recusa do Governo Marconi Perillo em cumprir ordem judicial que estabeleceu o limite de 330 presos no Centro de Triagem do complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Essa falta de projetos na área da segurança e a recusa do governo de cumprir medidas judiciais que poderiam amenizar o quadro de insegurança e violência no estado, é prova de que a redução nos números de homicídios é fruto apenas da reza e orações do povo cansado e amedrontado de Goiás.