A juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, aplicou medidas cautelares ao ex-diretor de Obras da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), José Marcos Musse, e a Keilla Messias Lopes Marcucci e manteve as medidas aplicadas a Sandro Marcucci de Oliveira pelo desembargador José Paganucci Júnior. Os três foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de Goiás pela suposta prática de corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e advocacia administrativa.
Marcos Musse e Keilla Marcucci serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas e deverão comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades e estão proibidos de exercer cargos públicos.
Ao analisar a denúncia ofertada pelo MPGO, decorrente da Operação Compadrio, a juíza entendeu que havia fortes indícios da “existência de uma organização criminosa especializada e estruturada para a prática dos delitos”. Placidina Pires destacou que, de acordo com as provas apresentadas, o ex-diretor da Agetop Marcos Musse supostamente viabilizava que empresas registradas em nomes de terceiros (laranjas) formalizassem contratos com o poder público.
A Padrão, de propriedade de Sandro Marcucci, seria uma das empresas favorecidas pelo esquema. Marcos Musse foi um dos sócios da empresa durante o período de 2007 a 2012, quando suas cotas foram transferidas a Sandro Marcucci e sua mulher Keilla Marcucci, que posteriormente, vendeu suas cotas para seu marido.
De acordo com os documentos apresentados, no período de 2013 a 2015, foram efetuados nove empenhos em favor da Padrão, o que somou pouco mais de R$ 17,7 milhões. No mesmo período foram pagos R$ 9,5 milhões à empresa.
Fonte: Centro de Comunicação Social do TJGO.