Os aprovados em cadastro de reserva da Polícia Militar não contemplados na convocação do Governo de Goiás, realizada no último dia 13 de novembro, devem acionar o judiciário para garantir o chamamento. Depois de ação impetrada pelo Promotor Fernando Krebs, pedindo a justiça a execução provisória da sentença, 732 concursados foram convocados e outros 689 ficaram fora da lista.
A decisão judicial, que obrigou o Governo de Goiás a fazer o chamamento, mandou o ente estatal convocar os aprovados até o limite do que era gasto com o extinto Serviço de Interesse Militar Voluntário de Goiás, SIMVE, declarado inconstitucional pelo STF em março último. Pelas planilhas apresentadas à justiça, o Governo de Goiás gastou em maio de 2015, último mês de pagamento aos SIMVEs, a importância de R$ 4,25 milhões (veja quadro ao lado).
Os aprovados em cadastro de reserva entendem, portanto, que o Governo não cumpriu a decisão judicial e convocou um número inferior ao que de fato poderia. De acordo com informações obtidas junto ao comando da Polícia Militar de Goiás um soldado em início de carreira ganha, hoje, R$ 4.485,92 brutos. Por esses números o Governo de Goiás poderia ter convocado aproximadamente 1 mil concursados.
A resistência do Governo tucano em proceder o chamamento desses concursados tem causado enormes prejuízos à população que sofre com o aumento da criminalidade no Estado. Com um efetivo atual de aproximadamente 12.800 policiais, grande parte desse efetivo atuando em funções administrativas e em segurança de autoridades, o déficit de PMs em Goiás chega a 18 mil policiais. O Governo alega não ter condições financeiras de chamar os 1.421 concursados.