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Política

Deputados da base governista sentem remorso, mas covardia os
impede de defenderem servidores.

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Até os mais pusilânimes dos seres, em determinado momento, sentem vergonha. Depois de demonstrarem total subserviência ao executivo goiano, quando, em sessão tumultuada na Assembleia Legislativa, aprovaram a mudança das leis que previam o pagamento da data-base e do reajuste dos servidores goianos e com isso protelar o que já havia sido garantido por lei para 2018, a base aliada é tomada por um lampejo de vergonha.

Sentindo o remorso a corroer-lhes o peito, deputados da base governista tem pedido um “refresco” ao Governador Marconi Perillo. “Temem que sejam enviados novos projetos de lei para reduzir benefícios de servidores estaduais, como quinquênios e licença-prêmio, antes do início do recesso no dia 17”, diz nota publicada na coluna Giro do Jornal O Popular de hoje, 06/12.

O Governo de Marconi Perillo tem “investido” pesado contra os servidores do estado, os quais foram eleitos os “patinhos feios” da administração tucana. Para o governo, o grande desequilíbrio nas contas públicas deve-se ao aumento da folha e aos direitos adquiridos ao longo dos anos pelo funcionalismo. A ordem é cortar o que for preciso, nem que para isso seja necessário mudar leis, como foi o caso da última votação na Assembleia.

É público e notório, no entanto, que o déficit nas contas públicas de Goiás deve-se, exclusivamente, à má administração de Marconi Perillo ao longo dos 16 anos que comanda o estado. Gastos excessivos em propagandas (R$ 600 milhões só no terceiro mandato) e um perdão fiscal de mais de R$ 1,2 bilhão à JBS, da família Friboi, podem, perfeitamente, explicar o rombo de R$ 1,492 bilhão na conta centralizadora do Estado. No entanto, os senhores deputados estaduais que compõem a base aliada de Perillo, preferem cortar direitos de servidores a cumprirem o papel constitucional de fiscais do executivo.

Infelizmente, o remorso que toma alguns desses deputados não é suficientemente capaz de mudar vossas ações e, como adianta o líder do governo na Casa, prometem obedecer o Palácio, se assim forem chamados a fazer: “Mas se não houver alternativa, vamos cumprir com o nosso papel de base governista, que não vive só de bônus”, frisa José Vitti.

 

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