Quem leu a entrevista da Secretária da Educação de Goiás, Profa. Raquel Teixeira, na Folha de São Paulo desta quarta-feria, 09/12, tem a nítida impressão de que não se trata da mesma educadora que Goiás conheceu no primeiro mandato de Marconi Perillo como a secretária que revolucionou o ensino público goiano.
Reconhecendo que a qualidade do ensino em Goiás é baixo, Raquel Teixeira, que admitiu recentemente estar servindo de “bucha de canhão” do Governo Perillo, que decidiu a todo e qualquer custo terceirizar a educação goiana para as Organizações Sociais, disse na entrevista que “empresários entendem mais de administração do que os educadores”, o que, na ótica dela, melhoraria o ensino no Estado.
A professora Raquel Teixeira soou incoerente e não se deu conta de que falou besteira para um veículo nacional de imprensa. Indo contra o seu próprio discurso, que sempre foi contrário à terceirização das escolas públicas e pela valorização do ensino público, Raquel esqueceu-se que as 18 melhores universidades do País são públicas e que entre as 50 mais bem avaliadas pelo ranking, apenas 7 são privadas.
Lamentavelmente, a professora secretária sabe perfeitamente que a melhora do ensino não passa, necessariamente, pela privatização disfarçada de terceirização. A medida a ser implantada nada mais é do que retaliação do Governador Marconi Perillo (PSDB) contra a classe de professores que não lhe é simpática, sobretudo porque tiveram a carreira esfacelada durante o terceiro mandato do tucano, quando foram-lhes retiradas a titularidade e outras conquistas. Irreconhecível, a outrora grande dirigente e educadora Raquel Teixeira corrobora a atual Raquel e se presta, verdadeiramente, ao papel de bucha de canhão do Governo tucano de Goiás.
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