Uma das primeiras medidas adotadas pelo novo comandante Geral da Polícia Militar de Goiás, Coronel Divino Alves de Oliveira, foi determinar que todos os policiais militares “emprestados” a outros órgãos e poderes do Estado, além daqueles que estão na Força Nacional de Segurança e no Senasp, retornem imediatamente para a Polícia Militar, a fim de reforçarem o policiamento nas ruas das cidades goianas. Com um déficit no efetivo em torno de 18 mil policiais, cerca de 576 estão lotados em diferentes órgãos ou em atividades administrativas. O número representa cerca de 37% de todo o efetivo que atua em Goiânia.
Inacreditavelmente, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Deputado Helio de Sousa (DEM), que em tese deveria estar encampando a determinação do Comandante Geral, inclusive envidando todo o seu esforço no sentido de viabilizar tal determinação, já que, pelo baixo efetivo da tropa, é uma medida emergencial, age na contramão dos interesses da sociedade e se coloca contra o remanejamento dos policiais que estão à disposição da Assembleia Legislativa.
De acordo com a entrevista publicada no jornal O Popular de hoje, 03/03, “Sousa garante que irá trabalhar junto com Ministério Público do Estado de Goiás e Tribunal de Justiça do Estado de Goiás para manter o efetivo que, de acordo com o democrata, é essencial para o funcionamento da Casa”. Segundo lista divulgada pelo Comando Geral, existem 37 policiais militares à disposição na Alego. Além dos militares, mais 70 policiais legislativos cuidam da segurança no local.
Essa resistência política ao remanejamento dos policiais militares era esperada e já vinha sendo debatida nas redes sociais. É o primeiro teste para o novo Secretário e o novo Comando da PM. O grande temor na cúpula da PM era justamente essa interferência política nas ações operacionais de um comando eminentemente técnico.