O ministro do STF, Teori Zavascki, resolveu devolver ao juiz Sergio Moro, titular da Lava-Jato na primeira instância da Justiça Federal do Paraná, as investigações compreendidas em duas fases da Operação: a Acarajé e a Xepa. Também determinou a abertura de um procedimento para que a Procuradoria-Geral da República avalie preliminarmente a ‘superplanilha’ encontrada na casa de um executivo da Odebrecht com nomes de centenas de políticos e números que sugerem pagamentos, informa reportagem do Jornal Valor Econômico do último dia 23/04.
Os documentos foram apreendidos por agentes federais na residência do executivo da empreiteira Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva, durante a Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato. Nas planilhas constam o nome de centenas de políticos do Brasil inteiro e de vários partidos. De Goiás, aparecem o Governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e o Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT).
A superplanilha foi remetida pelo Juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, ao STF no fim de março, já que a lista continha nomes de políticos com prerrogativa de foro e que só poderiam ser investigados pelo STF ou STJ. O nome de Marconi Perillo aparece em três momentos nas planilhas. Num primeiro momento ele aparece como beneficiário de R$ 200 mil; em outro, com o codinome “casero”, Marconi aparece beneficiário de R$ 600 mil e num terceiro momento, as iniciais MP, precedido da cidade “Goiânia”, indicariam que Perillo teria recebido mais R$ 500 mil. Já Paulo Garcia teria recebido R$ 200 mil da empreiteira, segundo o que consta nas planilhas.
Assim com o Prefeito, Marconi Perillo diz que trata-se de doações legais de campanha e que tudo foi declarado à Justiça. Vejam as planilhas abaixo: