O Promotor de Justiça do Ministério de Goiás, Fernando Krebs e o Procurador da República em Goiás, Mário Lúcio Avelar, além de representantes da Associação Nacional do MP de Contas, Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Contas, Instituto de Fiscalização e Controle e da Associação Contas Abertas, enviaram ao Procurador Geral da República representação criminal contra o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, Edson Ferrari.
Ferrari é acusado, entre outras coisas, de, enquanto presidente do Tribunal, ter desativado as mais importantes estruturas de fiscalização, dificultando, sobremaneira, a fiscalização das contas do Governador Marconi Perillo. As ações do Conselheiro, segundo os subscritores do pedido, foram praticadas para proteger o Governador de quem Ferrari declara-se amigo e devedor.
Edson Ferrari é acusado, também, de ter praticado o ilegítimo ato de desmonte do Ministério Público de Contas, notadamente no gabinete do Procurador Fernando dos Santos Carneiro, que tem atuado contra o nepotismo dos conselheiros. Tais atos propiciaram condições para diversas irregularidades, que permitiram o exponencial e inimaginável incremento do déficit na conta centralizadora do Estado, que atingiu R$ 1,492 bilhão em 2014.
Na semana passada, as mesmas entidades solicitaram ao Presidente do Tribunal de Contas de Goiás, o afastamento do Conselheiro Edson Ferrari da relatoria das contas do Governador Marconi Perillo referente ao ano de 2015. Ontem, 26/04, Ferrari anunciou oficialmente que teria deixado a relatoria.