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Política

Investidores querem saber por que Eletrobrás comprou a CELG por apenas R$ 59 milhões

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Reportagem divulgada pelo jornal Valor Econômico informa que potenciais investidores interessados na compra da CELG estão encabulados com a valorização da companhia no que tange ao valor dos 51% pertencentes à Eletrobras.

Segundo o jornal, “para o executivo de uma elétrica potencialmente interessada no negócio, o problema continua sendo o preço. Segundo ele, em janeiro de 2015 a Eletrobras pagou apenas R$ 59 milhões pela aquisição de 51% da Celg D. Hoje essa participação equivale a R$ 1,4 bilhão, pelo edital da licitação. “É muita criação de valor em curto espaço de tempo. Precisamos descobrir qual foi a fórmula utilizada, ou partir da premissa de que o erro [de avaliação de valor]ocorreu quando venderam a participação para a Eletrobras”.

Em janeiro de 2015 o Governo de Goiás transferiu à Eletrobras 51% das ações da companhia e recebeu por isso apenas R$ 59 milhões, menos de 1% do que a CELG valia à época. Em 2010 o então Governador do Estado, Alcides Rodrigues esteve a um passo de salvar a companhia. Pelo acordo de Alcides, o Governo cederia apenas 5% da maior Estatal goiana à Eletrobras e receberia o direito de tomar empréstimo na ordem de R$ 3,6 bilhões para recuperação da empresa, dando-lhe condições de reajustar suas tarifas. O acordo, no entanto, foi vetado pelo então governador eleito, Marconi Perillo.

Marcado para acontecer em agosto próximo, o leilão da CELG terá lance inicial de R$ 2,8 bilhões e é possível que não haja lances acima disso. Desse valor o Estado de Goiás terá direito a R$ 1,3 bilhão, referentes aos 49% de suas ações, mas terá que arcar com uma dívida de R$ 2,5 bilhões que a CELG tem com a Caixa Econômica Federal. A quitação desse empréstimo pelo Estado de Goiás é condição primeira para a efetivação do negócio.

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