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Política

Desinteresse do eleitor pela eleição proporcional ajuda explicar porque o Legislativo é território da corrupção

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Amanhã começa a campanha eleitoral para o pleito de outubro próximo, que vai permitir o eleitor escolher os prefeitos dos seus municípios e também os componentes das câmaras municipais. Não raro, será a primeira vez que o eleitor ouvirá ou verá um vereador de sua capital. O descaso com a política local ajuda a explicar essa conduta do cidadão, que não tem se importado com os legisladores eleitos para representá-lo nas câmaras municipais. Goiânia, por exemplo, tem 33 vereadores e a cada legislatura tem produzido menos para os moradores da cidade.

Em pertinente análise na sua coluna, o jornalista Josias de Souza chama a atenção para esse desinteresse generalizado. Segundo ele, “isso ajuda a explicar porque os legislativos no Brasil, câmaras municipais, assembleias legislativas e congresso nacional, continuam sendo território da hipocrisia e da corrupção”. De acordo com o articulista, “normalmente o eleitor só presta atenção no candidato à chefia do executivo” e diz que isso é salutar, mas que “não faz sentido algum o eleitor ignorar as opções para a câmara municipal”.

Josias de Souza lembra, também, que “corrupção não nasce em árvore. Ela brota da urna, e a democracia é apenas o regime que as pessoas tem ampla e irrestrita liberdade para exercitar sua capacidade de fazer besteiras por conta própria”. Portanto, é fundamental que todos tenham responsabilidade com todos. Ao eleger ou reeleger um candidato que não tem compromisso com a coisa pública, todos sofremos por, no mínimo, 4 anos.

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