Por Marcos Marinho, via facebook
A democracia brasileira, assim como outras, está marcada pelo poder da minoria. E me inquieta observar que, a cada pleito somando abstenções+brancos+nulos, podemos perceber um crescente movimento de redução da legitimação dos mandatários da nação. Não que isto realmente incomode os eleitos, afinal lhes interessa o diploma ainda que contem apenas com o próprio voto.
Mas é importante refletirmos sobre os rumos que estamos dando para nossa jovem democracia. Não votar ou anular o voto está caminhando para se tornar o elemento campeão nas urnas do país. Se fosse corporificado, o “não voto” seria eleito em muitas cidades.
Será hora de ressignificar esta atitude? Devemos considerar o cancelamento das chapas, e assim novas eleições, quando nenhuma conseguir obter mais votos nominais do que a soma de brancos e nulos? Como influenciar os partidos para que lancem chapas que sigam os interesses das comunidades e não apenas os conchavos politiqueiros? O fato é: precisamos muito, e cada vez mais, conversar sobre política!
Marcos Marinho é Pesquisador em Comunicação Política, Doutorando em comunicação, Professor e Consultor de Marketing e Palestrante. Atualmente mora em Lisboa, Portugal.