Há um esforço hercúleo para tirar o foco do Governador Marconi Perillo (PSDB) quanto à derrota sofrida por Vanderlan Cardoso (PSB), seu aliado, na eleição para prefeito de Goiânia. A claque governista insiste na estratégia de dizer que quem perde eleição é o candidato. A vitória de Iris Rezende (PMDB) para Prefeito de Goiânia, com mais de 100 mil votos de frente para o candidato apoiado por Marconi Perillo, foi, sobretudo, uma derrota do tucano. E uma derrota que tem consequências políticas relevantes para 2018, principalmente.
Mesmo escondido na campanha do pessebista, Marconi apostou todas as suas fichas na candidatura de Vanderlan e colocou a máquina do Estado à sua disposição. Toda a rede de comunicação, ligada ao Palácio das Esmeraldas, esteve atuante na campanha do ex-prefeito de Senador Canedo. Paralelamente à campanha eleitoral e a propaganda gratuita no rádio e na televisão, Marconi Perillo despejou propagandas na TV de sua administração, a fim de que suas supostas obras pudessem suplantar sua rejeição em Goiânia. Foi tudo em vão.
Pela quinta vez (quatro enquanto governador e uma enquanto senador), Marconi foi derrotado em Goiânia. Não obstante o tabu, essa derrota tem um gosto mais amargo para o tucano, já que em 2016, impedido de concorrer para o Governo, Marconi terá que transferir votos para o seu sucessor (hoje o mais cotado é o vice-governador José Eliton), o que convenhamos não será uma tarefa fácil. As derrotas de importantes aliados de Perillo em cidades do interior goiano é outro indicativo de que o marconismo pode estar ruindo no Estado. 2018 poderá estabelecer uma nova era política em Goiás.