Expulso do PMDB goiano na manhã de hoje, 22/06, quando o Conselho de Ética do partido decidiu, por 4 votos a 2, que houve infidelidade na sua atitude de apoiar Marconi Perillo para o governo em 2014, Júnior Friboi diz que vai recorrer ao diretório nacional do PMDB para se manter no partido.
O que já soa patético pode se tornar ridículo. Sem nenhum tino político e sem a humildade necessária aos que se pretendem grande, Friboi chegou ao PMDB como se fosse um elefante em loja de louças. Achava que o seu dinheiro poderia comprar prestígio, apoio e carisma. Deu com as mulas n’água.
Dizer que vai recorrer à Michel Temer, seu padrinho político, é só mais uma insana atitude do empresário, muito mal assessorado, diga-se de passagem. Não tem nenhum sentido, se é que ele pretende seguir sua carreira política, forçar a volta ao partido que o expulsou. Não há discurso capaz de agregá-lo ao PMDB. A expulsão era dada como certa e se Friboi não se antecipou é porque de fato não tem traquejo político. Sua permanência e sua disposição de enfrentar o processo de expulsão só reforçam a certeza de sua arrogância: imaginava que poderia comprar o apoio necessário e desbancar Iris Rezende, o principal nome do PMDB goiano e que tem mais de 50 anos de vida pública.
Friboi não compreendeu ainda que capital político não se compra como se compra bois e a sua construção demanda tempo e atitude coerentes. Se recorrer ao diretório nacional, e ganhar, sua vitória não será outra, senão uma vitória de pirro.