Goiás vive dias difíceis. Assim que Marconi Perillo assumiu seu quarto mandato à frente do executivo goiano, uma série de situações, até então escondidas sob o manto da propaganda, vieram à tona. Descobriu-se que o Estado está absolutamente quebrado, com um rombo que já ultrapassa R$ 1,4 bilhão, ou quase 100% de sua arrecadação mensal. Os salários foram parcelados, o pagamento de ICMS antecipado e uma série de direitos dos servidores retirados, tudo para tentar equacionar a relação receitas/despesas. Tudo tem se mostrado ineficaz e é possível que o governo não consiga, sequer, manter o pagamento dos salários em dias.
Não obstante, em maio próximo passado, a Saneago, ancorada em parecer da Agência Reguladora do Estado, AGR, anunciou aumento de 32,13% nas contas de água e esgoto de todo o estado. Devido às reações contrárias e a pressão popular, Marconi Perillo foi à imprensa e anunciou em alto e bom som que havia desautorizado tal aumento e a imprensa tratou logo de anunciar o grande feito de Perillo: “Marconi reduz o aumento da água em 50%”. Só que não! Era apenas mais uma jogada de marketing alicerçada no costumeiro sofismo empreendido pelo governo tucano em Goiás.
Os consumidores goianos se deram conta da balela politiqueira quando receberam os talões de água, que trazem no rodapé a confirmação de que o aumento da água a partir de 1º de julho do corrente ano será de 32,13% e o esgoto definido em 80% do valor da água.
Novamente não houve o cumprimento, por parte do senhor Governador, de promessa feita ao povo de Goiás. Mas nem tudo está perdido. Se o povo não pode contar com o risco n’água do governo, a oposição goiana, representada pelo deputado José Nelto, pretende ir ao Ministério Público para barrar mais esse achaque ao bolso dos goianos.