O Brasil assiste aterrorizado o caos instalado na segurança pública do estado do Espírito Santo. Os militares do estado, insatisfeitos com o salário e com as condições de trabalho dispensadas à tropa, cruzaram os braços há uma semana. Sem policiamento, as ruas das grandes cidades do estado transformaram-se em zona de guerra. Mais de 130 homicídios foram registrados em uma semana de greve dos militares. Em todo o mês de fevereiro de 2016 o Espírito Santo registrou 122 mortes violentas.
Entre as causas da paralisação dos militares capixabas está a insatisfação com o salário, que é o mais baixo do Brasil: R$ 2,646,00. Eles alegam que estão há 7 anos sem reajuste. Em Goiás, o Governador Marconi Perillo começa a fazer o caminho inverso: de melhor salário pago a um soldado PM, o Governo de Goiás pretende pagar o pior. Concurso em andamento fixa em R$ 1,5 mil o salário base do soldado de polícia militar. Se prosperar tal concurso, que já teve a fase de nomeação suspensa pela justiça, o salário de um soldado PM goiano será 44% menor do que o salário pago no Espírito Santo e que foi o estopim da pior crise da segurança pública que já se viu no Brasil.