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Política

Servidores da ABC temem que agência seja entregue à organização social

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Com a chegada de Edvaldo Cardoso para assumir a presidência da Agência Brasil Central, os servidores temem que esteja em curso um processo de transferência da gestão do órgão para uma organização social, modelo de administração compartilhada que tem sido referência do governo de Marconi Perillo (PSDB) em Goiás. Em janeiro próximo passado os servidores denunciaram que estavam sendo colocados em disponibilidade, num claro processo de esvaziamento da agência.

Edvaldo Cardoso, que assume no lugar de Humberto Tannús, ficou nacionalmente conhecido durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que apurou um grande esquema de corrupção no alto escalão do governo de Goiás. Ele foi flagrado negociando a distribuição das mídias do governo com o principal acusado de comandar o esquema de corrupção de agentes públicos em Goiás, Carlos Cachoeira. Depois de quase 3 anos fora da administração tucana, Cardoso assumiu a Ceasa e agora vem para comandar a agência de comunicação do governo goiano.

De acordo com servidores da ABC, além da transferência de vários servidores, a agência está totalmente sucateada e até o serviço de salão, que cuida da imagem do pessoal da televisão, foi descontinuado por falta de pagamentos. Segundos eles, a prestadora de serviços de salão não recebe desde novembro de 2016. “Não dá pra ficar sem esse mínimo suporte no vídeo, ainda mais em HD. Já não temos roupas e nem ajuda financeira pra comprá-las e sem maquiagem adequada e cabelo arrumado fica impraticável”, diz uma servidora.

A privatização ou terceirização da Agência não é uma questão pacificada, já que trata-se de uma concessão pública. No entanto, o Governo de Goiás, embora não manifeste-se publicamente, tem admitido que isso seja possível e que o governo de Michel Temer já teria sinalizado para essa possibilidade quando autorizou, via decreto, a transferência indireta de concessão da Rede Globo. Enquanto isso, os servidores denunciam que espaços na Televisão Brasil Central e Rádio Brasil Central continuam sendo cedidos a valores irrisórios. De acordo com eles, os cessionários de espaços usam toda a estrutura física e de pessoal da Agência e ainda faturam com a comercialização de publicidades nesses horários.

 

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