Com a propriedade de quem nunca trocou de partido, duas vezes deputada federal, ex-presidente nacional do PMDB e atualmente primeira dama de Goiânia e presidente da Fundação Ulysses Guimarães em Goiás, Dona Íris de Araújo afirmou no twitter que o sistema político brasileiro precisa, na realidade, é de uma reforma moral. Segundo a experiente política brasileira, o problema está nas pessoas que se deixam corromper e não respeitam a fidelidade partidária. “Entendo que é necessário uma reforma moral”, pontuou.
Opinando sobre a mini-reforma política em discussão no Congresso, que pretende introduzir o sistema de voto distrital, o chamado “distritão”, já para as eleições de 2018, Dona Íris diz que o que está acabando com os partidos é o descrédito por que passa a classe política, e não o modelo de eleição em si. Para a primeira dama, “o partido político só se torna forte quando é defendido por seus membros na busca de uma causa que justifique a sua criação”, analisa.
A criação deliberada de partidos e a falta de comprometimento de seus filiados são outros motivos, segundo Dona Íris, para que a população perca a fé nos políticos. “Com partidos que surgem da noite para o dia e o modus operandi dos filiados, que trocam de legenda como quem troca de roupa, querem o quê?”, pergunta. Enquanto deputada, Dona Íris lembra que fez parte da Comissão da Reforma Política e defendeu o voto distrital puro, aquele em que os deputados e vereadores são eleitos por maioria simples: quem obtém maior quantidade de votos é o eleito, assim como ocorre nas eleições majoritárias para presidente, governadores e senadores.