No último dia 23 de novembro, o governador de Goiás, Marconi Perillo, enviou à Assembleia Legislativa do Estado Projeto de Lei que altera a LDO de 2017, mudando as metas fiscais para esse ano. A principal mudança foi a redução do superávit primário, previsto inicialmente para fechar em R$ 212 milhões. Alegando dificuldades financeiras e o cenário nacional, o novo Resultado Primário (a diferença entre o que o governo arrecada e o que ele gasta) foi projetado pelo governo de Perillo em R$ 506 milhões negativos.
A diferença ajustada será, portanto, de R$ 718 milhões para menos, o que demonstra uma inequívoca falta de planejamento e gestão. Já o resultado nominal, que representa o quanto a dívida consolidada cresceu no exercício, foi projeta em R$ 1,150 bilhão. O Estado fechará 2017 com uma dívida total de R$ 19,486 bilhões, segundo a proposta de lei levada à apreciação dos deputados.
Desde 2014, as contas públicas de Goiás vêm se deteriorando substancialmente. Em 2016, o rombo no caixa do estado chegou a incríveis R$ 1,5 bilhão e nenhum dos índices constitucionais foram cumpridos. A rubrica Restos a Pagar tem se mantido acima de R$ 3 bilhões e comprometido sobremaneira o orçamento subsequente.