Há uma grande preocupação no staf de campanha de Marconi Perilo (PSDB), pré-candidato a uma das vagas para o senado pelo estado de Goiás. É que a Procuradoria Geral da República (PGR) estaria prestes a enviar para o STF nova leva de delações de ex-executivos da empreiteira Odebrecht, nas quais estariam incluídas as delações de Alexandre Barradas e Fernando Aires Reis, que comprometeriam o ex-governador de Goiás.
Segundo os delatores da Odebrecht, o ex-governador Marconi Perillo, enquanto chefe do executivo goiano, teria recebido cerca de R$ 10 milhões da empresa: R$ 2 milhões na campanha para governador em 2010 e mais R$ 8 milhões na campanha para sua reeleição, em 2014.
De acordo com Fernando Aires Reis, um dos delatores da Odebrecht, Marconi não teria ficado satisfeito apenas com os R$ 10 milhões e teria pedido mais R$ 50 milhões. A contrapartida, segundo os delatores, seria o suposto favorecimento à empresa em contratos de saneamento (captação e tratamento de esgoto).
A subsidiária Odebrecht Ambiental firmou com a Saneago contrato para captação e tratamento de esgoto nas cidades de Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Trindade e Jataí. O serviço em outras 14 cidades do entorno seriam repassados à Odebrecht, o que não aconteceu em virtude da deflagração da Operação Lava Jato.
Em caso de derrota para o senado, Marconi Perillo ficaria sem o chamado foro por prerrogativa de função e um eventual inquérito poderia ser processado pelo juiz prevento da Lava Jato, Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba-PR.