A Superintendência Regional do Trabalho no Estado de Goiás (STRE/GO) determinou nesta segunda-feira, 24, a interdição das atividades médicas, de enfermagem e farmacêuticas no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Segundo o parecer, emitido após uma auditoria, a unidade sofre com falta de medicamentos e insumos que “colocam em risco grave, iminente e recorrente” a vida dos profissionais que atuam no local. A informação é do G1 Goiás.
De acordo com informações do site, o Governo de Goiás, hoje sob o comando de José Eliton, candidato à reeleição pelo PSDB, teria deixado de repassar cerca de R$ 20 milhões à Organização Social Instituto em Gestão de Saúde (IGES). Em 2017, a mesma OS teria recebido quase R$ 185 milhões do Governo de Goiás, conforme consta em auditoria do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.
A interdição do maior hospital do Estado mostra a dificuldade financeira enfrentada pelo Governo de Goiás. Há cerca de 4 anos, o governo tucano vem negligenciando a aplicação dos recursos próprios em ações e serviços púbicos de saúde. Dos 12% da receita com impostos exigidos pela Constituição, o governo de Marconi Perillo teria deixado de aplicar cerca de R$ 700 milhões na saúde desde 2014.
O rombo financeiro detectado pela auditoria do TCE ao final de 2017 chegou a R$ 2,01 bilhão. Hoje, segundo informações extra-oficiais, o déficit de caixa do Estado de Goiás seria de R$ 3 bilhões, sem perspectivas de cobertura.