Vencer ou perder a eleição para o senado, no próximo dia 7 de outubro, pode significar o céu ou o inferno para Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, enrolado com uma série de denúncias de corrupção supostamente praticadas enquanto chefe do executivo estadual. Na última sexta-feira, 28, a Polícia Federal deflagrou a operação Cash Delivery, que apura o suposto recebimento de R$ 12 milhões em propinas por Perillo, que teriam sido pagas pela construtora Odebrecht, em 2010 e 2014.
De acordo com informações dos principais meios de comunicação de Goiás e do Brasil, Marconi Perillo só não teria sido preso na operação da Polícia Federal devido a vedação da Lei Eleitoral, que proíbe a prisão de candidatos nos últimos 15 dias que antecedem a eleição. Perillo é candidato a uma das vagas para o senado.
Em agosto último, o juiz da 8ª Vara Criminal de Goiânia, Ricardo Prata, aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual e Marconi Perillo passou a responder como réu em ação penal pelo crime de corrupção passiva, acusado de ter recebido R$ 90 mil em propinas da Construtora Delta, supostamente para facilitar negócios da empresa no âmbito da administração estadual.
Além da provável denúncia que deve ser oferecida pelo Ministério Público Federal a partir do inquérito que apura o pagamento de vantagens indevidas ao ex-governador pela Odebrecht, uma outra ação penal deve aportar no judiciário goiano, dessa vez na esfera eleitoral. Trata-se de ação que apura o uso de caixa 2 nas campanhas eleitorais do tucano nos anos de 2010 e 2014.
Sem o foro privilegiado, todas as ações contra Marconi Perillo tramitarão na primeira instância da justiça, tanto Estadual, quanto Federal, e a tendência é que o desfecho seja mais rápido do que um eventual julgamento pelo STF, para onde deveriam ser enviados os processos, caso o tucano seja eleito ao senado.
A possibilidade do julgamento de eventuais ações penais contra o tucano na primeira instância resultarem em sentenças condenatórias é muito grande. Portanto, não é demais dizer que o futuro de Marconi está, literalmente, nos dedos do eleitor goiano.