Depois de ignorados pelo Comado Geral, a União dos Policiais Militares de Goiás – Unimil, denunciou ao Ministério Público de Goiás a falta de rádios transmissores nas viaturas da PM-GO em Goiânia e no interior. Segundo o Cabo Sena, porta-voz da entidade, as autoridades de segurança pública de Goiás haviam sido notificadas da falta dos acessórios, essenciais ao trabalho e segurança dos policiais militares que estão nas ruas, desde maio de 2015. Como nenhuma providência foi tomada, o caminho foi procurar o Ministério Público para que medidas judiciais sejam propostas e obriguem o Governo de Goiás a solucionar o problema.
Segundo o Cabo Sena, em abril de 2015 um raio queimou todo o equipamento de rádio transmissor da Polícia Militar de Goiás. Desde então, segundo Sena, medidas foram intentadas junto ao Comando para a solução do problema e nada foi resolvido. “Portanto, nos deslocamos até o MP-GO e fizemos uma denúncia formal à promotoria, para que tome providências e garanta a segurança e a vida dos policiais que estão correndo risco de morte nas ruas de Goiânia, devido, sobretudo, a falta desse esquipamento essencial para o desenvolvimento do trabalho policial preventivo”, disse o policial.
Quanto a alegação do Governo, de que há um processo de licitação sendo aberto para a compra dos equipamentos e que isso leva tempo, o Cabo Sena entende que isso é apenas um subterfúgio do Governo para se eximir da responsabilidade: “engraçado que quando se trata de cuidar de vidas, o processo é burocrático, mas quando o assunto é show, é mídia que interessa ao Governo, a coisa é rapidinho. Quando se trata de “cabaré”, o dinheiro sai “rapidão”, se indigna o representante da Unimil, fazendo alusão aos mais de R$ 1,2 milhão gastos com o show da virada no estacionamento do Serra Dourada, estrelado pelos artistas Leonardo e Eduardo Costa.
Recentemente, em dezembro do ano passado, sem comunicação para pedir reforços quando necessário, policiais ficaram feridos em confronto com assaltantes, no Setor Pedro Ludovico. Pelo aplicativo de mensagem watts app, os militares denunciaram que era preciso ligar do próprio celular para a central e para celulares particulares de colegas de farda para acionar o reforço para a ocorrência.
