Inicia-se o ano de 2016 e o tabuleiro político vai ganhando formas, muito embora tudo não passe de meras conjuminâncias que podem ser alteradas até junho, data definitiva para a escolha das candidaturas que concorrerão à Prefeitura de Goiânia. O PT sinaliza que irá mesmo de Adriana Accorsi e sem a aliança com o PMDB, partido de Iris Rezende, que deu dois anos de mandato a Paulo Garcia e o ajudou a reelegê-lo em 2012 ainda no primeiro turno.
Eleita deputada estadual com mais de 43 mil votos, Adriana é delegada de polícia de Classe Especial e filha do ex-prefeito de Goiânia, Darci Accorsi, morto em 2014, e tem um currículo invejável na carreira. Foi Delegada Geral da Polícia Civil goiana e Secretária de Defesa Social da Prefeitura de Goiânia. A seu favor pesa o fato da baixíssima rejeição do eleitorado goianiense e contra, inevitavelmente, a pouca popularidade do Prefeito Paulo Garcia, seu correligionário, além do desgaste do Partido dos Trabalhadores a nível nacional.
Entre outros cenários, o sucesso de Accorsi depende de como vai se comportar o PMDB. Com Iris Rezende no páreo, a petista pode ver frustrado o seu projeto de administrar Goiânia, já que o peemedebista parece mesmo imbatível na capital. Sem Iris, no entanto, as chances de Adriana aumentam consideravelmente, sobretudo por sua ilibada vida pública. Terá, no entanto, que pisar em ovos para descolar sua imagem de um Prefeito que deve encerrar seu segundo mandato com a pecha de pior prefeito da história sem, contudo, parecer que renega o próprio partido.