O gerente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Cléter Moreira Damasceno, foi preso hoje em cumprimento da terceira fase da Operação Compadrio, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), informou matéria publicada no Jornal O Popular de hoje, 04/11.
A investigação foi iniciada em 2013 e apura a prática de crimes contra a administração pública, realizados por uma organização criminosa instalada em órgãos públicos do Estado de Goiás, especialmente na Agetop, que supostamente valeu-se de funcionários fantasmas e empresas laranjas para instrumentalizar desvios de dinheiro público. Investiga-se, ainda, práticas criminosas consistentes no favorecimento em licitações públicas, lavagem de dinheiro e retirada fraudulenta de restrições bancárias, cartorárias e no cadastro de proteção ao crédito, todos eles contando com a colaboração e participação de funcionários públicos.
Segundo o jornal, “Cléter já havia sido conduzido para depor no final de agosto para os promotores sobre supostas irregularidades. Na época, foi encontrado R$ 17 mil em dinheiro e documentos referentes a obras do órgão na parte de baixo do banco de passageiro do carro de Cléter. De acordo com o MP-GO, o gerente havia apresentado várias versões para a origem do dinheiro”, diz a reportagem.
A Agetop é presidida pelo possível candidato do PSDB à prefeitura de Goiânia em 2016, Jayme Rincon, que continua sem falar sobre a operação do Ministério Público e o suposto envolvimento dos seus auxiliares diretos. Na primeira fase da operação o Diretor de Obras Rodoviárias, uma das mais importantes da agência, José Marcos Musse, foi preso preventivamente por determinação da justiça e, depois de solto por força de um habeas corpus, pediu demissão do cargo.