A empreiteira OAS, uma das envolvidas no esquema de desvios de dinheiro da Petrobrás e cuja cúpula foi condenada a prisão pelo Juiz Federal, Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato, doou para o então candidato a Governador por Goiás, Marconi Perillo (PSDB), a importância de R$ 500 mil. A doação foi declarada ao TSE e consta da prestação de contas do tucano.
Léo Pinheiro, presidente da empreiteira, pegou 16 anos de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa; outros três executivos da OAS também foram condenados. Além da OAS, a campanha de Perillo também recebeu dinheiro de outra envolvida no escândalo, a Construtora Norberto Odebrecht S/A, que junto com a subsidiária Odebrecht Gás e Óleo, doou R$ 1,8 milhão ao tucano.
Marcelo Odebrecht, presidente da construtora que leva o seu nome, encontra-se preso preventivamente desde junho no presídio de Curitiba-PR, onde se concentram as ações da Lava Jato. A Odebrecht, através da Odebrecht Ambiental, mantém contrato com a Saneago desde novembro de 2013, sendo responsável pelo coleta e tratamento de esgoto nas cidades de Aparecida de Goiânia, Trindade, Rio Verde e Jataí. A empresa tem a concessão dos serviços por 30 anos e espera faturar R$ 2,1 bilhão até o final do contrato.
Marconi Perillo venceu as eleições no segundo turno e assumiu o quarto mandato como Governador de Goiás em janeiro de 2015. A campanha vencedora do atual Governador de Goiás declarou ter arrecadado R$ 25,3 milhões.