O presidente do Partido Progressista (PP) em Goiás, Alexandre Baldy, que ocupa a presidência da Agência Goiana de Habitação (Agehab) no governo Caiado, celebrou, enfim, o acordo fechado com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), que culminou com a indicação de Rodrigo Caldas para ocupar a Secretaria de Educação de Goiânia na cota do partido. Convidado a integrar a gestão desde o início do ano, o PP agora está oficialmente representado no Paço.
Ao celebrar sua participação na gestão municipal, Alexandre Baldy declarou que vai apoiar uma eventual reeleição de Rogério Cruz no ano que vem. O PP integra a base do governador Ronaldo Caiado, com dois cargos no primeiro escalão da gestão (além da Agehab, o PP está representado na gestão estadual com a Secretaria de Indústria e Comércio, cujo titular é Joel Sant’Ana Braga, irmão do próprio Baldy).
Além de declarar seu apoio a Rogério Cruz, o presidente do PP, prevendo dificuldades que o prefeito possa enfrentar dentro do seu próprio partido, convidou o republicano a se filiar à sua legenda. “Não tem problema nenhum se ele for candidato à reeleição pelo Republicanos. Mas se ele tiver problemas com o partido, seremos a solução”, afirmou, adiantando que vai colocar o consultor político e eleitoral Wilson Pedroso, que trabalhou em campanhas em São Paulo, para atuar no projeto de reeleição do prefeito.
A declaração de Baldy, à revelia dos demais partidos da base, inclusive do MDB, presidido pelo vice-governador Daniel Vilela, que tem anunciado que o partido terá candidato próprio à sucessão em Goiânia, surpreendeu aliados e analistas, não pela opção do PP, mas pelo fato de que antecipa uma discussão que, em tese, deveria acontecer apenas no ano que vem.
Nos bastidores, a avaliação é que a declaração de Baldy pode trazer muito mais desgaste para o dirigente do que, efetivamente, benefícios. Embora haja uma relação republicana e administrativa entre o prefeito da capital e o governador do Estado, Ronaldo Caiado ainda não se manifestou sobre um possível apoio ao projeto de Rogério Cruz. Na avaliação de analistas, a declaração de Baldy, neste momento, pode deixá-lo isolado dentro da própria base.