Alvo de apuração no Tribunal Superior Eleitoral por ataques às urnas eletrônicas por representação apresentada pela coligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito passado e que pode torná-lo inelegível, como no caso de Bolsonaro, o deputado goiano Gustavo Gayer (PL) teria removido mais de 200 vídeos do Youtube em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro no TSE. De acordo com o jornal, a retirada dos vídeos foi detectada pela empresa Novelo Data, que acompanha sistematicamente as contas de extrema-direita na plataforma.
Segundo o O Globo, nem todos os vídeos removidos por Gayer e por outras contas bolsonaristas são sobre o julgamento de Bolsonaro, que deixou o ex-presidente inelegível por oito anos, mas há conteúdos recentes, postados ao longo da semana passada que citam o processo analisado pelo TSE ou fazem referências a ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes. Um dos vídeos do deputado federal, agora fora do ar, chama já no título a decisão da Corte Eleitoral pela inelegibilidade de Bolsonaro de “absurda”. O deputado também removeu um vídeo, publicado na sexta-feira, em que rebate recentes acusações de racismo contra ele.
O deputado da tropa de choque do ex-presidente sofre pressão após associar, em entrevista a um podcast, o fato de democracias “não prosperarem” na África à população não ter o “mínimo de capacidade cognitiva” . A declaração motivou reações em diferentes frentes sob acusação de racismo. A Advocacia-geral da União encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, notícia-crime contra o deputado e o apresentador do programa que veiculou a fala de Gayer, Rodrigo Barbosa Arantes. O pedido é para a PGR avaliar se a conduta se enquadra em artigo da Lei do Crime Racial. Parlamentares também protocolaram pedidos de cassação de Gayer na Câmara.
Com informações do jornalista Marlen Couto – jornal O Globo