Nos últimos 16 anos, segundo dados divulgados pelo Jornal O Popular, o Estado de Goiás concedeu em incentivos algo em torno de R$ 255 bilhões. Cada emprego direto gerado por contrato de incentivos teria custado ao Estado a bagatela de R$ 1,2 milhão.
Ainda assim, Goiás é apenas o 10º colocado no Ranking de Competitividade dos Estados, um estudo que analisa 10 pilares estratégicos, com base em 68 indicadores, que são reavaliados a cada ano, para fornecer uma visão sistêmica da gestão pública estadual dos 27 entes da federação.
De acordo com o ranking, o Estado de Goiás, embora em décimo lugar na classificação geral, com nota 52,6 numa escala de zero a 100, é o 13º colocado no pilar “Potencial de Mercado”. No indicador Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Goiás é o 10º colocado.
Em comparação ao percentual de incentivos fiscais concedidos por estados em relação à receita total de cada um, Goiás abre mão de cinco vezes o que o Estado de São Paulo, por exemplo, concede às empresas instaladas em seu território. Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás (Sindifisco), em 2017, Goiás renunciou a 41,53% da receita total declarada, contra 8,15% de São Paulo.
A área técnica do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, em relatórios de auditorias das contas de Governo, aponta que as renúncias promovidas pelo governo de Goiás até 2018 não apresentaram as estimativas de compensação das renúncias de receitas, como manda a Lei de Responsabilidade Fiscal.