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Política

Ataques de Marconi Perillo a Daniel Vilela mostram decepção, desespero e certeza de que sua volta ao cenário político fica cada vez mais distante

Na última quinta-feira, 16/09, o presidente estadual do MDB anunciou, depois de ampla consulta às bases, que o partido decidiu pela aliança com o governador Ronaldo Caiado. Decisão dificulta formação de chapa oposicionista e joga um balde de água fria nas pretensões tucanas em Goiás

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Uma das opções que o PSDB do ex-governador Marconi Perillo enxergava como viável para as eleições do ano que vem em Goiás era que o MDB de Daniel Vilela e Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia, rejeitasse a aliança com o DEM do governador Ronaldo Caiado e compusesse com outros partidos de oposição uma chapa majoritária com alguma viabilidade para governador do Estado em 2022.

Com a decisão do MDB goiano, o PSDB, principalmente Marconi Perillo, que tenta construir um caminho de retorno à cena política goiana, sentiu que um projeto viável para o ano que vem ficou mais difícil. Desde que a possibilidade de uma eventual aliança com Caiado foi aventada pelo presidente do MDB, as principais lideranças do PSDB, aí incluindo o tucano Marconi Perillo, começaram a se aproximar de Gustavo Mendanha, na tentativa de que ele pudesse influenciar na decisão do partido, para que o MDB tivesse candidato próprio ao governo, sendo ele, Gustavo Mendanha, o nome para cabeça de chapa.

Diferente de Mendanha, no entanto, que considerou a possiblidade de aliança com o PSDB de Marconi, Daniel Vilela, desde o primeiro momento, rechaçou uma possível aliança com os tucanos. O presidente emedebista lembrou que os dois partidos são adversários históricos em Goiás e não comungam dos mesmos projetos para o Estado, o que tornaria impossível essa aproximação.

Neste fim de semana, depois do anúncio de Daniel Vilela, o ex-governador tucano foi às redes sociais para atacar o dirigente emedebista, requentar notícias velhas e tentar diminuir o político emedebista. Na verdade, avaliam os analistas políticos, Marconi teria sentido o peso da decisão de Daniel, que, se não enterra a pretensão de Marconi Perillo de voltar à cena política goiana, pelos menos dificulta ainda mais o seu retorno.

Os ataques de Marconi a Daniel soaram despeito de quem viu sua minguada chance de robustecer uma possível candidatura a deputado federal ir ralo abaixo. Por outro lado, as críticas tentam, num ato desesperado, ampliar a cizânia entre Daniel e Gustavo Mendanha, a fim de que o prefeito de Aparecida de Goiânia realmente deixe o MDB para concorrer ao governo no ano que vem. É possível que Perillo acredite que a debandada de Mendanha o levará, senão ao ninho tucano, a um partido aliado do PSDB. Aguardemos.

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