O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), cometeu o que muitos chamaram de ato falho. O episódio ocorreu durante evento de lançamento da sua pré-candidatura à reeleição, realizado na noite desta quinta-feira (11/07). Ao tentar minimizar a força dos adversários que buscam à sua sucessão no Paço, Cruz, que ainda não superou os dois dígitos em pesquisas de intenção de voto, afirmou que os problemas da cidade são seus maiores adversários.
“Nós precisamos estar de mãos dadas todos os dias. Sabe por que, sabe por que? Quem são nossos maiores adversários? Você sabe? Não tem adversário, nem A, nem B, nem C. Os nossos adversários são os problemas que nós temos que resolver na nossa cidade. Nossos adversários são os problemas que estão aí há décadas”, discursou em tom efusivo, sem se dar conta de que ele teve quatro anos para solucionar os problemas da cidade, mas, de acordo com a percepção dos moradores e segundo o que tem revelado a imprensa, continuam se agravando dia após dia.
Pesquisa realizada pelo Instituto Opção, publicada no último mês de junho, aponta que o atual prefeito de Goiânia tem apenas 5,7% das intenções de voto, ocupando o 5º lugar na preferência do eleitorado goianiense. À frente dele aparecem a pré-candidata do PT, Adriana Accorsi, com 19,7% da preferência do eleitor, seguida pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD), que é o segundo mais citado com 19%; Gustavo Gayer (pl) – enquanto ainda era pré-candidato – aparecia em terceiro lugar com 18,7% das intenções de voto, e Sandro Mabel (UB), que na ocasião foi citado por 9,8% dos entrevistados.
Quando o eleitor foi perguntado em quem não votaria de jeito nenhum, o prefeito Rogério Cruz foi disparado o mais citado. Segundo o levantamento, 34% do eleitorado goianiense rejeita a hipótese de reeleger o atual prefeito. A segunda mais rejeitada foi a pré-candidata do PT, Adriana Accorsi, com 23,8% das menções negativas.
A gestão de Rogério Cruz enfrenta desgastes que têm tornado inviável seu projeto de reeleição, a exemplo da crise do lixo, crise na Saúde e, principalmente, no Samu, que estaria com o serviço desativado em Goiânia, além de escândalos de corrupção, que vieram a público por operações policiais que atingiram o primeiro escalão da gestão de Cruz. A falta de ações do prefeito, que culminaram com o agravamento dos problemas que atingem diretamente os moradores, é vista por analistas como o grande gargalo que o prefeito vai enfrentar, principalmente, com o início da campanha, em agosto próximo.
