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Política

Atual SMS de Goiânia diz não saber precisar onde foram parar R$ 110 milhões sacados pela gestão anterior

Atual titular da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Luiz Gaspar Machado Pellizzer afirma que o ex-secretário da pasta teria solicitado ao tesouro municipal a antecipação do repasse da folha de dezembro do ano passado, mas que o dinheiro teria sido usado para outros fins, os quais ele desconhece

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Pasta da saúde municipal de Goiânia tem um passivo avaliado em mais de R$ 600 milhões, diz atual secretário

O atual titular da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Luiz Gaspar Machado Pellizzer, disse, em entrevista à jornalista Cileide Alves, que a gestão anterior da pasta, que tinha Wilson Pollara como secretário até novembro do ano passado, teria solicitado e recebido do Tesouro Municipal uma antecipação de R$ 110 milhões, que deveriam ter sido usados para pagamento da folha de dezembro de 2024, mas, segundo o secretário, esse dinheiro foi usado para outros fins, que não puderam ser identificados pela atual gestão. “Eu não consigo precisar onde esse dinheiro foi parar”, frisou Pellizzer.

O auxiliar de Sandro Mabel disse que o recurso foi repassado antecipadamente à SMS no início de outubro do ano passado, mas que em dezembro, a Secretaria de Finanças do município precisou tirar o mesmo montante (R$ 110 milhões) do caixa da Prefeitura, para quitar o salário daquele mês dos servidores da saúde. O titular da SMS reforçou que não foi possível, até agora, entender onde foi parar o dinheiro que foi adiantado da folha de dezembro.

Pellizzer afirmou, ainda, que recursos de emendas parlamentares, que em tese teriam destinação carimbada, não podendo ser usadas para outros fins, também não chegaram nos destinos, e citou o repasse de R$ 33 milhões de emendas que deveriam ter ido para o Hospital Araújo Jorge, mas que, assim como o adiantamento da folha, não chegou à unidade de saúde.

Prisão

O ex-secretário de Saúde na gestão de Rogério Cruz, Wilson Pollara, chegou a ser preso durante operação do Ministério Público que investiga crimes de pagamento irregular em contrato administrativo e de associação criminosa na Secretaria Municipal de Saúde.

A investigação aponta que Pollara e outros dois servidores da pasta da Saúde goianiense se associaram para a prática reiterada de crimes com a concessão de vantagens em contratos, causando prejuízo para a administração pública. O MPGO ainda constatou pagamentos irregulares, inclusive deixando de mencionar a ordem cronológica de exigibilidade.

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